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Carmosinda Santos: opinião sem receio ou medo de “cara feia”

  • 3 de julho de 2020

Técnica Mecânica em Refrigeração e Climatização, Carmosinda Santos enfrentou preconceitos para conquistar espaço na profissão, e defende a Resolução CFT nº 101/2020 por garantir mais autonomia e responsabilidade aos técnicos

“Trabalho atualmente na Equinix, onde sou tratada com respeito por minha competência”

Filha de pai militar – falecido quando ela tinha apenas 8 anos – e mãe funcionária pública, Carmosinda Santos se considera tímida, mas não é o que parece numa entrevista ou até mesmo num bate-papo informal. Idealizadora do canal no YouTube “Mulheres no AVAC-R”  e acumulando novos seguidores nas redes sociais, ela tem muito a falar e compartilhar;  principalmente, quando o assunto é refrigeração e climatização. “Já fui feirante, ajudante de pedreiro e, aos 19 anos, desisti da faculdade e me interessei por refrigeração quando tive acesso a uma câmara climática que havia na oficina da Automação Analítica, empresa de representação comercial onde eu trabalhava como auxiliar de escritório”, relembra, revelando que até então não tinha qualquer conhecimento sobre cursos técnicos.

No SENAI Ipiranga ela conheceu as oficinas e se apaixonou de vez pela profissão, formando-se Técnica Mecânica em Refrigeração e Climatização com muita dedicação aos estudos, em especial às aulas práticas. Só que um novo desafio cruzava seu caminho – aliás, que já deveria ter sido sumariamente extinto, mas que ainda persiste em fazer parte da vida social: o preconceito por trabalhar numa atividade em que os homens ainda são maioria. “Nas últimas semanas do curso técnico, inscrevi-me num programa e fui a única mulher a entrar como trainee na Mideia Carrier, lutando diariamente para me impor e conquistar espaço e respeito”, continua, destacando a dificuldade até conseguir trabalhar em atividades de campo, onde ganhou o apelido de Carrier clean; pois, ela também limpava os equipamentos após a manutenção.

“Os técnicos são os verdadeiros executores das atividades, cabendo-lhes a responsabilidade pelo serviço executado”

Apesar das dificuldades e preconceitos permaneceu sete anos na empresa, transferindo-se com propostas melhores de salário para a Emerson Liebert – atualmente, Vertiv – e em seguida para um ambiente onde se sente feliz e realizada profissionalmente. “Trabalho atualmente na Equinix, onde sou tratada com respeito por minha competência”, acrescenta.

Em entrevista ao Conselho Regional dos Técnicos Industriais do Estado de São Paulo (CRT-SP), além de traçar um breve perfil profissional ela também opina sobre a Resolução CFT nº 101/2020, que orienta as prerrogativas e atribuições dos Técnicos em Mecânica. “O que os Técnicos de Refrigeração e Climatização tanto queriam, aconteceu”, comentou numa rede social.

Cabe ressaltar, no cumprimento da legislação, o Sistema CFT/CRT tem a prerrogativa de baixar resoluções que normatizam as atribuições dos técnicos, cuja profissão é regulamentada pela Lei nº 5.524/1968 e Decreto nº 90.922/1985, visando à prestação de serviços com responsabilidade técnica e segurança para a sociedade.

Acompanhe o que diz Carmosinda Santos, sem qualquer receio ou medo de “cara feia”.

Qual é sua opinião sobre a Resolução CFT nº 101/2020 e a importância dos Técnicos em Mecânica terem as atribuições normatizadas?

Essa resolução trará grandes benefícios, pois garante mais autonomia e responsabilidade aos técnicos; naturalmente que todos devem ter consciência ambiental, destreza técnica e conhecimento para trabalhar com produtos e equipamentos perigosos. Embora os engenheiros projetem e planejem, os técnicos são os verdadeiros executores das atividades, cabendo-lhes a responsabilidade pelo serviço executado. Esses critérios e senso de responsabilidade poderão, por exemplo, evitar ou diminuir o número de acidentes, e isso não acontecia antes da resolução.

 

As atribuições expressas na resolução conflitam com as responsabilidades dos profissionais de formação acadêmica?

“A gente não escolhe o que quer fazer, mas é escolhido. Lembre-se que impossível só é impossível até que alguém vá e faça”

Não. Anteriormente a contratação de técnicos para esses serviços já acontecia, só que na “ilegalidade”; agora, há uma resolução que regulamenta a atividade. A verdade é que o antigo conselho não dava qualquer apoio aos técnicos, delegando-lhes atribuições incompatíveis com a realidade do mercado.

 

Você acredita que essa resolução pode fomentar a procura por cursos técnicos na área da mecânica?

Com certeza, pois o profissional terá respaldo do Sistema CFT/CRT no exercício de sua profissão. Eu mesma me interessei por curso técnico aos 19 anos, depois de desistir da faculdade. Apaixonei-me pela profissão e não me arrependo de nada.

 

Tem alguma frase ou pensamento que gostaria de compartilhar?

Frase?!A gente não escolhe o que quer fazer, mas é escolhido. Lembre-se que impossível só é impossível até que alguém vá e faça.

Nota da Redação: Carmosinda Santos foi destaque na seção Minha História do Informativo Ser Técnico Industrial [Julho/2020]. Para acessá-lo na íntegra, clique aqui.

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“Trabalho atualmente na Equinix, onde sou tratada com respeito por minha competência”

Filha de pai militar – falecido quando ela tinha apenas 8 anos – e mãe funcionária pública, Carmosinda Santos se considera tímida, mas não é o que parece numa entrevista ou até mesmo num bate-papo informal. Idealizadora do canal no YouTube “Mulheres no AVAC-R”  e acumulando novos seguidores nas redes sociais, ela tem muito a falar e compartilhar;  principalmente, quando o assunto é refrigeração e climatização. “Já fui feirante, ajudante de pedreiro e, aos 19 anos, desisti da faculdade e me interessei por refrigeração quando tive acesso a uma câmara climática que havia na oficina da Automação Analítica, empresa de representação comercial onde eu trabalhava como auxiliar de escritório”, relembra, revelando que até então não tinha qualquer conhecimento sobre cursos técnicos.

No SENAI Ipiranga ela conheceu as oficinas e se apaixonou de vez pela profissão, formando-se Técnica Mecânica em Refrigeração e Climatização com muita dedicação aos estudos, em especial às aulas práticas. Só que um novo desafio cruzava seu caminho – aliás, que já deveria ter sido sumariamente extinto, mas que ainda persiste em fazer parte da vida social: o preconceito por trabalhar numa atividade em que os homens ainda são maioria. “Nas últimas semanas do curso técnico, inscrevi-me num programa e fui a única mulher a entrar como trainee na Mideia Carrier, lutando diariamente para me impor e conquistar espaço e respeito”, continua, destacando a dificuldade até conseguir trabalhar em atividades de campo, onde ganhou o apelido de Carrier clean; pois, ela também limpava os equipamentos após a manutenção.

“Os técnicos são os verdadeiros executores das atividades, cabendo-lhes a responsabilidade pelo serviço executado”

Apesar das dificuldades e preconceitos permaneceu sete anos na empresa, transferindo-se com propostas melhores de salário para a Emerson Liebert – atualmente, Vertiv – e em seguida para um ambiente onde se sente feliz e realizada profissionalmente. “Trabalho atualmente na Equinix, onde sou tratada com respeito por minha competência”, acrescenta.

Em entrevista ao Conselho Regional dos Técnicos Industriais do Estado de São Paulo (CRT-SP), além de traçar um breve perfil profissional ela também opina sobre a Resolução CFT nº 101/2020, que orienta as prerrogativas e atribuições dos Técnicos em Mecânica. “O que os Técnicos de Refrigeração e Climatização tanto queriam, aconteceu”, comentou numa rede social.

Cabe ressaltar, no cumprimento da legislação, o Sistema CFT/CRT tem a prerrogativa de baixar resoluções que normatizam as atribuições dos técnicos, cuja profissão é regulamentada pela Lei nº 5.524/1968 e Decreto nº 90.922/1985, visando à prestação de serviços com responsabilidade técnica e segurança para a sociedade.

Acompanhe o que diz Carmosinda Santos, sem qualquer receio ou medo de “cara feia”.

Qual é sua opinião sobre a Resolução CFT nº 101/2020 e a importância dos Técnicos em Mecânica terem as atribuições normatizadas?

Essa resolução trará grandes benefícios, pois garante mais autonomia e responsabilidade aos técnicos; naturalmente que todos devem ter consciência ambiental, destreza técnica e conhecimento para trabalhar com produtos e equipamentos perigosos. Embora os engenheiros projetem e planejem, os técnicos são os verdadeiros executores das atividades, cabendo-lhes a responsabilidade pelo serviço executado. Esses critérios e senso de responsabilidade poderão, por exemplo, evitar ou diminuir o número de acidentes, e isso não acontecia antes da resolução.

 

As atribuições expressas na resolução conflitam com as responsabilidades dos profissionais de formação acadêmica?

“A gente não escolhe o que quer fazer, mas é escolhido. Lembre-se que impossível só é impossível até que alguém vá e faça”

Não. Anteriormente a contratação de técnicos para esses serviços já acontecia, só que na “ilegalidade”; agora, há uma resolução que regulamenta a atividade. A verdade é que o antigo conselho não dava qualquer apoio aos técnicos, delegando-lhes atribuições incompatíveis com a realidade do mercado.

 

Você acredita que essa resolução pode fomentar a procura por cursos técnicos na área da mecânica?

Com certeza, pois o profissional terá respaldo do Sistema CFT/CRT no exercício de sua profissão. Eu mesma me interessei por curso técnico aos 19 anos, depois de desistir da faculdade. Apaixonei-me pela profissão e não me arrependo de nada.

 

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